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Como Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo estão acabando com tradição de neutralidade do Itamaraty

O deputado Eduardo Bolsonaro (esq.) e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo – Arthur Max – 12.jul.19/MRE

Da Época:

A decisão do chanceler Ernesto Araújo de publicar uma nota em apoio à ação militar dos Estados Unidos no Iraque, que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, foi tomada em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro, o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, e o deputado Eduardo Bolsonaro, que estava de férias no Havaí.

Nem o secretário do Itamaraty para assuntos do Oriente Médio, Kenneth da Nóbrega; o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência; tampouco o vice-presidente, general Hamilton Mourão, foram chamados para opinar.(…)

“Foi a primeira vez que o Brasil comprou uma briga que não tem absolutamente nada a ver com os interesses do país. É 100% Trump. Os outros eventos até, de certa forma, tangenciavam questões de soberania nacional”, disse o professor de relações internacionais da Fundação Getulio Vargas, Guilherme Casarões.

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