Como eram os cafés da manhã nas décadas de 60 e 70? Relembre!

Na década de 60 e 70, o café da manhã ia além de uma simples refeição — era um ritual de afeto, comunhão e sabores marcantes. Em tempos menos apressados, era comum reunir a família à mesa com pão francês crocante, manteiga derretendo, café coado no pano e leite fervido direto do fogão. As frutas da estação vinham sem pressa, em pedaços ou amassadas com açúcar, completando uma rotina matinal simples e cheia de significado.
Entre os quitutes mais lembrados estavam o bolo de fubá feito na véspera, a coalhada fresca, a banana frita com açúcar e canela e a tapioca dourada na frigideira. O cheiro do pão assando, que se espalhava pelas casas e calçadas, anunciava um tempo em que os vizinhos ainda se cumprimentavam pela janela e o silêncio da manhã era respeitado como parte do dia que começava devagar.
Mais do que nutrir, esses cafés da manhã criavam laços. Crianças aprendiam o valor da partilha, mães e avós comandavam o fogão com dedicação, e até os sons da cozinha — a chaleira apitando, a colher batendo na xícara — faziam parte de uma trilha sonora afetiva que muitos ainda guardam na memória.
Resgatar essa tradição é mais do que um exercício nostálgico: é redescobrir a importância da mesa como espaço de encontro. Em tempos de pressa e telas, o velho café da manhã nos lembra que sabor também é tempo e presença.