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Como funciona o exame que descobriu câncer de Preta Gil

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos. Foto: reprodução

A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, após batalha contra um adenocarcinoma no reto, reforça a importância da colonoscopia para diagnóstico precoce do câncer colorretal. A artista descobriu a doença em 2023 após episódios de sangramento, vômitos e desmaio. O exame, que analisa reto e intestino grosso através de um microtubo com câmera, é considerado o padrão ouro para detecção de tumores na região.

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) recomenda a primeira colonoscopia a partir dos 45 anos, mesmo sem sintomas, devido ao aumento de casos em jovens. Pessoas com histórico familiar da doença devem antecipar o rastreamento – se um parente teve diagnóstico aos 40 anos, o exame deve ser feito dez anos antes dessa idade. O procedimento, realizado sob sedação, dura de 20 a 40 minutos e não causa dor, apenas possível desconforto com gases após o exame.

A preparação para a colonoscopia inclui dieta pobre em fibras, aumento da ingestão de líquidos e uso de laxantes para limpeza intestinal. “O preparo pode ser incômodo, mas é fundamental para a eficácia do exame”, explicam especialistas. Quando não há alterações, a colonoscopia pode ser repetida a cada cinco ou dez anos, dependendo do histórico do paciente.

Sintomas como alteração no hábito intestinal, sangue nas fezes, perda de peso sem causa aparente e dores abdominais devem servir de alerta para procurar um médico. O câncer colorretal, quando detectado precocemente, tem altas chances de cura.