Como funcionam os “hotéis autônomos” que estão chegando ao Brasil

Hotéis autônomos começam a surgir às margens de rodovias brasileiras como opção rápida e segura para motoristas cansados. A proposta é simples: hospedagem totalmente digital, sem recepção, sem equipe fixa e com acesso controlado pelo celular.
O viajante escolhe a unidade, paga online e recebe uma senha para abrir a porta do quarto. “Cheguei com a senha, entrei e estava tudo arrumado”, conta Eduardo Puscar, que pagou R$119 pela diária. A ideia nasceu da rotina de Anderson Souza, que passou anos viajando a trabalho e sentia falta de um ponto de descanso direto na rota.
Ele investiu cerca de R$ 700 mil para validar o modelo e chegou a morar seis meses à beira da estrada para entender a operação. Hoje, lidera uma rede com nove franquias espalhadas por São Paulo, Santa Catarina e Paraná. O sistema segue automatizado do início ao fim, com check-in, check-out e entrada no quarto sem contato humano.
A segurança é garantida por monitoramento, câmeras externas e parcerias com locais que funcionam 24 horas. Com cinco quartos, uma franquia exige aporte de R$ 270 mil, taxa média de ocupação de 70% e faturamento próximo de R$ 21 mil mensais. Como não há equipe fixa, a margem pode chegar a 50%. Anderson afirma que “até 2026, queremos estar presentes em 70% dos estados brasileiros”.
