Como identificar uso de IA em vídeos de personagens desconhecidos a deepfakes

Vídeos hiper-realistas criados por inteligência artificial estão se tornando cada vez mais comuns nas redes sociais. De um canguru barrado em voo comercial à apresentadora Marisa e seu programa nonsense, até o ministro Fernando Haddad anunciando um novo imposto, essas produções sintéticas, chamadas de deepfakes, têm confundido usuários e levantado preocupações sobre desinformação, especialmente se aproximando de um ano eleitoral.
Especialistas alertam que, apesar dos avanços tecnológicos como o Veo3 do Google, que cria vídeos cinematográficos com áudio sincronizado, ainda é possível identificar pistas de falsificação. “Mãos, olhos, dentes e sombras são detalhes onde esses sistemas costumam tropeçar”, explicou Tiago Samir Freire, perito forense em audiovisual, ao jornal O Globo.
Entre os sinais mais comuns estão:
1. Anomalias físicas (dedos extras ou faltando, mãos deformadas);
2. Movimentos não naturais (olhares vidrados, sincronia boca-fala);
3. Cenários irrealistas (textos borrados, sombras inconsistentes);
4. Duração curta (a maioria dos modelos gera clipes de até 8 segundos).