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Como o Brasil desenvolve seu próprio GPS em meio a ameaças de Trump

Brasil está desenvolvendo seu próprio GPS. Foto: Divulgação

O Brasil está se preparando para desenvolver seu próprio sistema de GPS, com cientistas nacionais trabalhando para criar uma solução que permita ao país diminuir sua dependência dos Estados Unidos. O movimento começou a ser discutido algumas semanas antes das redes sociais se agitaram com especulações sobre a possibilidade de os EUA restringirem ou desligarem o sinal de seu Sistema de Posicionamento Global (GPS) no país.

Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacou que o Brasil utiliza atualmente o sistema de GPS dos Estados Unidos, mas existem alternativas globais, como o Glonass (Rússia), Galileo (União Europeia) e BeiDou (China), que podem ser usados para fornecer serviços de geolocalização ao país.

A criação do grupo técnico busca analisar as possíveis consequências de depender de sistemas de navegação e posicionamento controlados por outras nações. Embora o país tenha a capacidade de desenvolver a tecnologia necessária, a dificuldade está na disponibilidade de recursos financeiros.

O projeto exige investimentos significativos para a criação de satélites e a infraestrutura necessária para operá-los, o que demanda uma visão estratégica e um compromisso de longo prazo com a área aeroespacial e a indústria de microeletrônica. No entanto, o Brasil ainda dependeria de sistemas internacionais em algumas situações, pois muitos dispositivos modernos, como celulares, são capazes de receber sinais de múltiplos sistemas de geolocalização.