Apoie o DCM

Como o milho se transforma em pipoca: o segredo dentro de cada grão

Milho, ainda na espiga, virando pipoca. Reprodução

A pipoca, lanche clássico das sessões de cinema e das festas juninas, nasce de um tipo específico de milho conhecido como popping corn. Diferente dos grãos comuns, ele tem uma casca mais dura e impermeável, que é essencial para a mágica da transformação. Dentro do grão há água e amido. Quando aquecido, o líquido vira vapor e, sem ter por onde escapar, aumenta a pressão interna até o ponto de explosão.

Ao atingir cerca de 180 °C, a pressão interna rompe a casca do milho, liberando rapidamente o vapor. Esse estouro projeta o amido gelatinoso que, ao entrar em contato com o ar, esfria e se solidifica na forma branca e fofinha que conhecemos como pipoca. O som característico do “pipocar” é justamente esse rompimento violento da casca.

Curiosamente, nem todo grão de milho estoura: se a umidade estiver baixa demais, ou a casca tiver alguma falha, a pressão interna não se acumula o suficiente para provocar a explosão. Por isso, o armazenamento do milho para pipoca precisa ser cuidadoso, garantindo o nível ideal de umidade.

Esse processo simples e fascinante atravessa séculos — já era conhecido por povos indígenas das Américas muito antes da chegada dos europeus. Até hoje, encanta adultos e crianças com seu estouro, cheiro inconfundível e sabor inigualável.