Como preparar o café para que ele faça bem e prolongue seu tempo de vida

A médica Trisha Pasricha, pesquisadora da Escola de Medicina de Harvard, analisou dezenas de estudos científicos e concluiu que o café pode contribuir para uma vida mais longa, desde que consumido de forma adequada. Uma pesquisa de 2022 com 170 mil adultos no Reino Unido mostrou que quem bebia entre uma e três xícaras e meia por dia tinha até 30% menos risco de mortalidade. O segredo, porém, está nos detalhes do preparo e nos acompanhamentos.
Os benefícios desaparecem quando se adicionam açúcares ou cremes processados em excesso. Pasricha recomenda no máximo uma colher de chá de açúcar e duas colheres de sopa de leite integral por xícara. “Os populares ‘coffee creamers’ têm pouco ou nenhum creme e são compostos principalmente por óleos vegetais e açúcares”, alertou a médica ao Globo. Quem consome café sem adoçar apresenta a maior redução na mortalidade.
O método de preparo também é crucial. O café filtrado, coado ou instantâneo, oferece mais benefícios que métodos sem filtro como prensa francesa. A explicação está nos diterpenos, compostos que elevam o colesterol e são retidos pelos filtros de papel. O horário do consumo igualmente importa: beber café antes do meio-dia causa menos interferência na produção de melatonina, hormônio do sono.
Pasricha resume a fórmula ideal: “Até três xícaras e meia de café filtrado por dia, com pouco açúcar e sem cremes processados”. A pesquisadora reforça que o café é a principal fonte de antioxidantes na dieta de muitas populações e está associado a menor risco de Parkinson, diabetes e alguns cânceres quando consumido com moderação e consciência.
