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Como quem pode tudo, Raquel Dodge vai tentar asfixiar ainda mais o PT

Raquel Dodge e Luís Roberto Barroso (foto de José Cruz/Agência Brasil)

Raquel Dodge prepara ação para obrigar o PT a devolver dinheiro do fundo partidário usado na propaganda de rádio e TV enquanto o partido não definir um substituto para a candidatura de Lula, que teve o registro indeferido pelo TSE.

A nota é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

“A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai voltar a pressionar o PT na Justiça Eleitoral”, diz a coluna.

A sigla repassou R$ 20 milhões do fundo eleitoral à chapa presidencial – e desembolsou R$14,4 milhões para programas de rádio e TV.

Segundo a coluna, a A nova cartada da procuradora-geral tende a ampliar a tensão que está entranhada na cúpula petista.

A sigla está dividida sobre a estratégia de bancar o nome de Lula e brigar na Justiça até o limite, arriscando as chances de Fernando Haddad (PT), hoje vice do ex-presidente, deslanchar nas pesquisas.

Dodge deve mesmo pressionar o PT, como vem fazendo desde que assumiu. Mas é errado dizer que existe divisão da cúpula petista.

O PT já decidiu que banca a candidatura de Lula até o limite o direito. O partido ainda está no prazo para substituir Lula por Haddad, se for o caso.

É por iniciativas como esta da Procuradora que o Congresso Nacional precisa discutir, urgentemente, uma legislação que contenha o ímpeto de procuradores.

Eles agem, dentro e fora do direito, sem que corram nenhum risco de serem obrigados a reparar eventuais danos causados.

O MP é acusador, mas acusador imparcial.

Ele defende a sociedade, não pode produzir vítimas.

A bússola é a Constituição e tem que se abster de paixões eleitorais.