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Como a Suécia se tornou o centro da extrema-direita e do supremacismo branco, citada por Trump

Da BBC Brasil com informações internacionais.

Quando no ano passado Donald Trump alertou sobre o que estava se passando na Suécia, muitos se perguntaram sobre o quê o presidente dos Estados Unidos estava falando.

“Vejam o que aconteceu à noite na Suécia… É inacreditável… [Eles] têm problemas como nunca pensaram que fosse possível”, disse Trump em um ato na Flórida no qual defendia suas políticas migratórias.

Mas na Suécia não havia ocorrido nenhum atentado nem algo em particular na noite anterior ao discurso de Trump.

Trump esclareceu que estava se referindo a uma reportagem do canal Fox News sobre a situação dos refugiados na Suécia e o aumento da violência supostamente vinculada ao maior número de imigrantes.

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Há dois fatores pelos quais os grupos de extrema-direita estão olhando o que está se passando na Suécia, diz Jonathan Leman, pesquisador da fundação antirracista Expo.

Um é “a fascinação” que há entre nacionalistas brancos e de extrema-direita pela ideia de que os suecos brancos estariam sendo “deslocados” de seu país.

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Outro é a “imagem negativa” do que está se passando na Suécia e que tem sido exportada pela extrema-direita do país: “Eles estão estimulando essa imagem, em inglês, para o mundo”.

A isso se soma o fato de a Suécia ser parecida demograficamente com algumas regiões do leste e do centro dos Estados Unidos onde estão as bases de movimentos supremacistas e de extrema-direita.

Na Suécia, há comunidades com mais de 90% de pessoas brancas; alguns americanos de movimentos “alt-right” usam esses números para efeito de comparação.

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Bandeira da Suécia. Foto: flo_p/Flickr/Creative Commons