Comprar carro usado de 2022 pode ser roubada; saiba o motivo

Durante a pandemia de covid-19, a indústria automotiva enfrentou a maior crise de semicondutores da história. Para evitar paralisações, montadoras optaram por vender carros sem diversos equipamentos eletrônicos, mesmo em modelos de médio e alto padrão. Isso afetou diretamente veículos fabricados entre 2021 e 2022, que chegaram às concessionárias “desfalcados”.
O problema é que, no mercado de usados, essas ausências não se refletem no preço. Segundo a Tabela Fipe, modelos de 2022 continuam mais caros do que os de 2021, apesar de oferecerem menos equipamentos. Muitos consumidores, ao comprar um seminovo desse período, descobrem que estão pagando caro por carros tecnologicamente mais pobres, sem redução proporcional no valor.
Segundo o UOL, entre as marcas afetadas estão fabricantes de luxo e de grande volume. BMW retirou itens como o heads-up display; Chevrolet vendeu Onix, Tracker e Onix Plus sem Bluetooth e Wi-Fi; Mercedes suprimiu carregador por indução, som Burmester e sistemas do MBUX.
A Toyota simplificou a central multimídia do Corolla e Corolla Cross; e Volkswagen chegou a entregar carros com tampa plástica no painel no lugar da multimídia. Veja a lista de marcas com veículos “desfalcados”:
- BMW: Série 3 sem heads-up display em versões topo de linha.
- Chevrolet: Onix, Onix Plus e Tracker sem Bluetooth, Wi-Fi e conectividade plena.
- Mercedes-Benz: modelos como CLA, GLA e GLE perderam som premium, HUD e IA do MBUX.
- Toyota: Corolla e Corolla Cross com central multimídia simplificada e perda de Android Auto/CarPlay.
- Volkswagen: Fox, Polo, Virtus e Nivus sem multimídia Composition Touch, substituída por tampa plástica.