Confundido com branco e condenado, homem negro será julgado de novo no Rio

O educador físico Thiago Feijão, de 32 anos, negro e morador do bairro de Lins de Vasconcelos, no Rio, será julgado novamente nesta terça-feira (25), após ter sido inicialmente condenado com base no reconhecimento único de uma testemunha que o descreveu como branco, apesar de ele ser negro. A acusação original apontou envolvimento em roubo seguido de morte e associação criminosa, mas a única prova foi esta fotografia contestada.
A defesa de Thiago apresenta provas da sua inocência: testemunhos da diretora da escola que confirmam sua presença em outro local, registros telefônicos, localização via celular e o depoimento de duas testemunhas novas.
Especialistas defendem que o caso representa um exemplo de racismo estrutural no sistema de justiça. Dados do TJRJ e estudos apontam falhas no uso de reconhecimento fotográfico, sobretudo envolvendo pessoas negras.