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Conluio da Lava Jato com os EUA gerou medo de crise diplomática, mostram mensagens

Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

Deltan Dallagnol

A presença de investigadores e agentes americanos atuando em cooperação com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e em processos nos Estados Unidos criou temores de que a ação poderia gerar um “abalo” nas relações entre os dois países.

A análise faz parte de conversas apreendidas na Operação Spoofing a partir de um material que estava com hackers e foram submetidas à guarda do STF (Supremo Tribunal Federal).

(…) Em chat entre procuradores para tratar da cooperação internacional, o uso de documentos e provas movimentava o debate entre Curitiba e Brasília. No dia 9 de outubro de 2015, a presença de investigadores americanos no Paraná foi alvo de diálogo e de alerta por parte do então chefe da divisão internacional da PGR (Procuradoria-Geral da República), Vladimir Aras.

(…) “Como te disse na segunda, o MRE [Ministério das Relações Exteriores] mencionou até a possibilidade de ‘abalo nas relações bilaterais'”, alertou. Naquele momento, a presidência era comandada por Dilma Rousseff (PT), e o Itamaraty era liderado pelo embaixador Mauro Vieira.

(…)