Conselho de Ética pode abrandar punição para Jean Wyllys
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados poderá abrandar a punição para o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado. Integrantes do colegiado querem encontrar uma solução mais amena para não terem que arquivar o pedido sob a alegação de que a pena era muito alta para a baixa gravidade do ato.
Na semana passada, o relator do caso, deputado Ricardo Izar (PP-SP), apresentou um parecer pedindo a suspensão do seu mandato por 120 dias. Jean Wyllys foi acusado de quebra de decoro parlamentar depois de ter cuspido em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e um grupo de adversários no plenário durante a votação da fase de admissibilidade do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 17 de abril.
Se a Câmara mantiver a agenda de trabalhos para esta semana, o conselho se reunirá novamente para discutir a questão na próxima terça (20). A tendência é de que outros deputados apresentem votos em separado sugerindo alguma punição mais leve para o colega. De acordo com integrantes do conselho, Izar também deverá mudar o seu relatório para amenizar a proposta feita por ele anteriormente.
Para alguns deputados, inicialmente havia até a possibilidade de que o relatório de Izar fosse rejeitado e o caso de Wyllys fosse arquivado sem a aplicação da punição, mas uma publicação feita em sua página no Facebook alterou os ânimos dos colegas.
Na postagem, o deputado fluminense afirma que “não está citado na Lava Jato”, que não recebeu dinheiro de empreiteiras como OAS e Odebrecht e que nunca votou contra os trabalhadores, a educação e a saúde públicas, os direitos humanos e nunca cometeu nenhum crime.
“Estou deputado pelo voto popular. Porque 144.770 pessoas votaram em mim. Eu respondo a essas pessoas. Se suspenderem meu mandato, estão calando toda essa gente. Vocês não gostam da democracia. Mas toda essa gente gosta. E muita mais. Pode crer”, escreveu.
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