Consignado para quem recebe Auxílio é “política econômica sem escrúpulo”, diz Miriam Leitão

Em texto publicado em sua coluna no jornal “O Globo, neste domingo (07), Miriam Leitão critica o empréstimo consignado para quem recebe o Auxílio Brasil de forma veemente. A lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) permite a contratação de empréstimo consignado por beneficiários de programas de transferência de renda, com desconto direto na fonte. Para Miriam, é “política econômica sem qualquer escrúpulo”, resume a colunista
Diz Miriam em sua coluna: “Isso porque os miseráveis serão achacados pelas financeiras e pelos correspondentes bancários, em dívidas a juros escorchantes. O governo fez isso para que os muito pobres tenham a sensação de bem-estar na hora do voto. É política econômica sem qualquer escrúpulo”.
Na opinião da colunista de O Globo, é uma medida puramente eleitoreira. “Será absolutamente nocivo, mas pode ter efeito eleitoral, que é o consignado do Auxílio. Um especialista em finanças conta que os grandes bancos não entrarão porque sabem que é inadmissível”, disse.
No fim de seu texto, Miriam Leitão reforçou o caráter provisório e eleitoreiro da lei: “Isso porque os miseráveis serão achacados pelas financeiras e pelos correspondentes bancários, em dívidas a juros escorchantes. O governo fez isso para que os muito pobres tenham a sensação de bem-estar na hora do voto. É política econômica sem qualquer escrúpulo”, acrescentou.
Na última quarta-feira (03), foi sancionada a lei que autoriza a União a descontar dos repasses mensais aos beneficiários os valores referentes ao pagamento de empréstimos e financiamentos. A nova lei foi criada a partir de uma medida provisória (MP) editada pelo governo e aprovada pelo Congresso Nacional. A medida é criticada por especialistas, que apontam para o risco de endividamento ainda maior da parcela mais vulnerável da população.
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