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Coordenador da Lava Jato em São Paulo é acusado de nepotismo

A Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo informa que o procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, foi denunciado à corregedoria do órgão pela prática de nepotismo. Coordenador da Operação Lava Jato no estado, ele está sendo acusado pelo procurador Matheus Baraldi Magnani de facilitar a transferência de sua mulher, Bárbara Aparecida Ferreira, que trabalhava como técnica administrativa em Brasília, para São Paulo. Ela hoje ocupa um cargo comissionado em um gabinete da procuradoria em Osasco.

De acordo com a publicação, a representação de Magnani diz que o pedido de “lotação provisória” de Bárbara foi protocolado em 18 de abril de 2017. Assinado pelo procurador-chefe substituto da Procuradoria da República de SP, José Roberto Pimenta Oliveira, foi deferido pela secretaria-geral do MPF sete dias depois, em 25 de abril. Ela ainda foi autorizada a receber uma ajuda de custo de R$ 12.386,66. Magnani pede à corregedoria que avalie se os fatos e documentos elencados “são compatíveis com as noções de probidade administrativa”.

“A denúncia é completamente vazia”, afirma Nobre. “Já prestei esclarecimentos. Tenho certeza de que não vai virar procedimento na corregedoria.” A apuração do caso corre em sigilo. A denúncia pode virar um processo disciplinar ou ser arquivada, complementa a coluna.

Raquel Dodge e Thiago Lacerda Nobre. Foto: MPF