Coordenador de UTI em Manaus desabafa sobre ineficácia do tratamento precoce: “Tem que ter critério para começar as coisas”

Do UOL:
O coordenador da UTI do Hospital Getúlio Vargas, em Manaus, no Amazonas, Anfremon Neto, fez um desabafo nas redes sociais ontem diante da negação do Governo Federal sobre o quadro crítico que as unidades de saúde locais enfrentam.
O médico alegou que todos os pacientes que ele atendeu fizeram uso precoce de medicamentos recomendados pelo Ministério da Saúde sem eficácia comprovada e também alertou sobre a segunda onda da pandemia no Brasil “ainda vai levar muitas vidas”. As declarações do médico contrariam o que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou ontem sobre as razões que teriam agravado a pandemia no estado.
Nas imagens compartilhadas, Anfremon diz que atende cerca de 50 pacientes infectados pela covid-19 por dia nas UTIs de Manaus. “Eu sei, todos eles fizeram tratamento precoce. Todos eles fizeram azitromicina, ivermectina, que é o mais atual, alguns fizeram anita, até mesmo cloroquina. Tudo aquilo que é preconizado como tratamento precoce foi feito. Alguns doentes utilizaram corticoide em casa, sem ter sintomas respiratórios, o que nem é legal fazer. Tem que ter critério para começar as coisas”, explicou.
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