Corpo de baloeiro é identificado como vítima da explosão no Tatuapé

A Secretaria de Segurança Pública confirmou que o corpo encontrado entre os escombros da casa que explodiu no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, é de Adir Mariano, 46 anos. Ele era baloeiro e inquilino do imóvel onde funcionava um depósito clandestino de fogos de artifício. A explosão ocorreu na noite de quinta-feira (13), destruiu a residência e danificou casas vizinhas, deixando dez feridos. O corpo foi liberado à família e será cremado em cerimônia privada.
A Polícia Civil investiga se os explosivos armazenados irregularmente dentro da casa causaram a detonação. A esposa de Adir, que não estava no imóvel no momento do acidente, disse desconhecer que ele mantinha fogos no local. Ela teve o celular apreendido e prestou depoimento. A defesa do irmão de Adir esclareceu que ele aparece como locatário, mas não morava no imóvel há anos e desconhecia que o parente residia ali. Parte das casas interditadas já foi liberada, mas 13 ainda seguem bloqueadas pela Defesa Civil.
Adir Mariano já havia sido investigado anteriormente por envolvimento com balões e fogos de artifício. Em 2011, foi detido com um grupo em São José dos Campos após a queda de um balão, mas acabou absolvido em 2015 por falta de provas. Em publicações antigas nas redes sociais, ele demonstrava interesse pela prática, o que reforça a linha de investigação sobre o depósito clandestino. Segundo a SSP, o imóvel armazenava material explosivo de forma irregular.
O impacto da explosão foi registrado por câmeras de segurança e testemunhas, que relataram clarão, vibração estrutural e fogos estourando no ar após a detonação. Vidros de prédios ao redor quebraram, carros foram danificados e moradores passaram a noite fora de casa com medo de novos incidentes ou saques. O caso está sendo investigado como explosão, crime ambiental e lesão corporal.
