Corregedoria sugere afastamento de 15 funcionários do governo de SP por envolvimento no cartel dos trens
Responsável por apurar conduta de agentes públicos, a Corregedoria-Geral da Administração (CGA) sugeriu o afastamento de 15 funcionários do setor de transportes envolvidos na investigação sobre formação de cartel de trens e metrô em São Paulo.
Foram citados executivos e ex-executivos das estatais Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo as investigações, o cartel teria operado entre 1998 e 2008, período que compreende as gestão dos governadores Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
A Corregedoria instaurou o procedimento para apurar suposto envolvimento de agentes públicos no caso em julho do ano passado. A investigação foi aberta logo após a Siemens, multinacional alemã, denunciar formação de cartel no setor metroferroviário paulista ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A apuração foi determinada pelo governador Geraldo Alckmin.
O relatório, que não é conclusivo, foi apresentado no mês passado e traz uma avaliação preliminar da conduta de 35 alvos da apuração. O documento da Corregedoria não imputa crimes, mas aponta acréscimos patrimoniais não esclarecidos, discrepâncias na lista de bens e omissão de informações em depoimentos.
Dos 15 nomes citados no relatório, cinco são de funcionários que já foram afastados dos cargos de confiança.
SAIBA MAIS