Apoie o DCM

Cortes no Mais Médicos e na Farmácia Popular geram alerta em campanha de Bolsonaro

Atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Após cortes nas verbas dedicadas aos programas Mais Médicos, Farmácia Popular e a saúde indígena, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), receoso com o possível desgaste em sua campanha eleitoral e a repercussão negativa nas urnas, decidiu acionar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar rever o orçamento do Farmácia Popular para o ano que vem.

A diminuição, revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, reduz a verba do programa no ano que vem dos R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões na proposta de lei orçamentária de 2023: uma diminuição de 60%. O corte afetaria o acesso da população de baixa renda a 13 tipos diferentes de medicamentos usados em tratamentos como diabetes, hipertensão e asma, além de restringir a distribuição de fralda geriátrica.

Depois da repercussão negativa das reduções, Guedes citou o programa ao sinalizar nesta quarta-feira (14), uma recomposição dos recursos da Saúde por meio de mensagem modificativa do Orçamento. Apesar do pedido do presidente e da sinalização de Guedes, até o momento não foi enviada qualquer comunicação formal ao Congresso. Técnicos ressaltam que isso só deve ser feito após as eleições.

A redução significativa nos recursos do Mais Médicos entrou no radar do Ministério da Saúde como um ponto de alerta, embora os dois programas não sejam os únicos atingidos.

Conforme publicado pela Folha de S.Paulo, a verba da Saúde sofreu uma redução de 42% no previsto para 2023. Para cumprir o gasto mínimo assegurado pela Constituição, o Executivo vai depender das chamadas emendas de relator, instrumento usado como moeda de troca nas negociações com o Congresso. Procurada, a pasta não se manifestou sobre os cortes.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link