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Cortina da imoralidade: Candidatos de Bolsonaro no Congresso prometem blindar presidente nas CPIs

Do Estadão:

Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sa/AFP

Os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro nas disputas pelas presidências da Câmara e do Senado prometem barrar comissões parlamentares de inquérito (CPIs) com potencial de atingir o Palácio do Planalto.

Uma delas, já em curso, é a CPI das Fake News, que tem como alvo o “gabinete do ódio” e filhos de Bolsonaro.

A outra é a CPI da Saúde, proposta por adversários do Planalto para investigar falhas do governo na condução da pandemia de covid-19.

Líder do Centrão, o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), candidato à sucessão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), condicionou a continuidade da CPI das Fake News à posição da maioria dos colegas. Mas, ao abordar a criação de CPIs de uma forma geral, afirmou que não é hora para “divisão e acotovelamento”.

“Em qualquer matéria que tenha maioria, o debate será amplo, será democrático nesta Casa”, afirmou Lira. O candidato adiantou, porém, que é contra a CPI da Saúde.

“Esse assunto não pode ser motivo de embates políticos para trazermos para a discussão traumas, interrupções bruscas democráticas”, disse ele.

No Senado, o candidato Rodrigo Pacheco (DEM-MG) não quis se manifestar sobre o tema. Pacheco foi procurado por meio de sua assessoria durante dois dias. O Estadão apurou que o senador é contra incentivar CPIs neste momento.

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