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Cotado para a Saúde assume compromisso com Bolsonaro de boicotar medidas de restrição contra a covid

Marcelo Queiroga, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, um dos cotados para ser Ministro da Saúde – ReproduçãoMarcelo Queiroga, Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, um dos cotados para ser Ministro da Saúde – Reprodução

De Jussara Soares e Natália Portinari no Globo.

O presidente Jair Bolsonaro conversou na tarde desta seguda-feira no Palácio do Planalto com o médico Marcelo Queiroga. O cardiologista se tornou o principal nome para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde. O ministro está pressionado por deputados do Centrão, que pleiteiam mudança na pasta sob pretexto de má gestão durante a pandemia da covid-19.

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Queiroga, segundo auxiliares do presidente, atende o perfil mais desejado para substituir Pazuello: médico, alinhado a Bolsonaro, que tenha capacidade de acalmar a população e tomar decisões. Entretanto, um ponto inegociável é que o futuro ministro compactue com o presidente em ser contra as medidas de restrição para o enfrentamento da pandemia.

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Pela manhã, o presidente recebeu a médica Ludhmilla Hajjar que foi desconsiderada para a função. Mas, segundo auxiliares, Bolsonaro já havia desistido de formalizar o convite para a médica antes mesmo que ela anunciasse que recusaria a proposta.

Marcelo Queiroga é tido como nome de confiança de Bolsonaro. Em 2020, o presidente o indicou para o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele aguarda uma sabatina no Senado Federal para poder assumir o cargo.

Ele é cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Procurado ontem pelo GLOBO, Queiroga disse que ainda não havia conversado com o presidente.

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