Cotista de medicina tem matrícula cancelada após USP negar que ele seja pardo

A USP cancelou a matrícula de Alison dos Santos Rodrigues, estudante aprovado em medicina, após rejeitar sua autodeclaração racial como pardo. O jovem, de Cerqueira César, São Paulo, foi aprovado nas cotas para candidatos egressos da rede pública e autodeclarados PPIs (pretos, pardos e indígenas).

A rejeição ocorreu após a comissão de heteroidentificação não confirmar sua autodeclaração racial, utilizando um sistema criado para coibir fraudes nas cotas. Alison descobriu a perda da vaga no primeiro dia de aula, mesmo após a pré-matrícula virtual na USP.

A família de Alison recorreu ao Ministério Público e busca um mandado de segurança para garantir sua permanência no curso. Ele argumentou que sempre se identificou como pardo e afirmou que a decisão da universidade foi uma violência.

A USP justificou que a análise das fotografias dos candidatos é feita com base apenas em características físicas, e Alison não foi chamado para uma reunião presencial por ter sido aprovado pelo Provão Paulista.

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