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CPI mostrou charlatanismo com picaretagem na morte de 600 mil na pandemia, diz Elio Gaspari

A CPI da Covid no Senado Federal
CPI da Covid. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Para Elio Gaspari, a CPI se encerra após ter feito um “grande serviço”. Para o colunista da Folha de S. Paulo, o colegiado expôs “as conexões do charlatanismo com a picaretagem e a má administração da saúde numa pandemia que já matou mais de 600 mil pessoas”.

“Num país onde o presidente da República falou na ‘gripezinha’ e reclamou dos ‘maricas’ que se protegiam contra o vírus, isso é muita coisa”, avalia.

Ressalva, entretanto, que a comissão foi vítima dos “efeitos colaterais provocados pelo teatro que lhe deu fama”. Critica o “espetáculo” promovido nos depoimentos, mas elogia a “retaguarda [que] trabalhou uma infantaria competente”.

“Encurralou a retórica do negacionismo do governo, do ministro-general Pazuello e de seu sucessor, o coronel Queiroga, da cepa dos senhores de engenho”, afirma.

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O imbróglio da CPI com a acusação de genocídio contra Bolsonaro

Para Gaspari, a acusação de genocídio contra Jair Bolsonaro é “estrondo” que “poderá envenenar as conclusões da CPI”.

“Um relatório com mais de mil páginas resultará em manchetes. Depois cairá na vida real do Judiciário. Denunciar Bolsonaro como genocida poderá ser um grito de revolta. Passarão os meses e, com toda probabilidade, nenhum tribunal aceitará essa tipificação”, avalia.

Ele defende que, caso fosse mantida, a denúncia faria o relatório “se desmanchar no ar”.