Crescem pesquisas no Google sobre aborto

Segundo dados do Google Trends, plataforma responsável por monitorar o volume de pesquisas sobre determinados termos, a semana passada registrou forte alta no volume de pesquisas no Google pelo termo “aborto”.
Dois eventos foram os principais responsáveis para o aumento da busca do termo: a menina de 11 anos que teve seu direito de aborto legal negado pela Justiça de Santa Catarina e, após pressionada, veio a ter o direito aprovado em nova decisão, e a atriz Klara Castanho, que revelou em carta aberta ter sido estuprada, descoberto a gestação na reta final e cumprido todos os trâmites legais para entregar a criança à adoção.
Ainda de acordo com a plataforma, nos últimos cinco anos, a última semana só fica atrás do período entre 16 a 22 de agosto, quando foi negado o direito de aborto legal a uma outra criança, de 10 anos, em um hospital de Vitória, no Espírito Santo.
Casos como esses levantaram nas redes sociais debates como o da descriminalização do aborto no Brasil, uma vez que a Constituição permite apenas se a gravidez for resultado de abuso sexual, por em risco a saúde da mulher ou quando se nota que o feto é anencéfalo, ou seja, não possui cérebro.
Fora dessas situações, interromper a gravidez é crime no Brasil. Fazer um aborto induzido pode acarretar em detenção de um a três anos para a mulher ou para quem executou aborto. Neste último caso, a pessoa que realizou o procedimento pode pegar de um a quatro anos de prisão.