Darlan Rosa, o artista plástico que criou o Zé Gotinha em 1986, durante o governo José Sarney, se disse “indignado e assustado” com o desenho divulgado pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, em que o simpático personagem empunha uma metralhadora em forma de seringa. “O Zé Gotinha é um personagem do bem, criado com fins educativos. Colocá-lo com uma arma na mão é um péssimo exemplo que se pode dar a uma criança. Apologia de arma é coisa séria”, lamentou Darlan, que tem 74 anos e mora em Brasília. Ele contou que recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus ontem.
Nas redes sociais, a imagem de Zé Gotinha com uma metralhadora causou revolta e o nome do personagem foi parar no topo dos tópicos mais comentados do twitter. O pacífico Zé Gotinha acabou ganhando o apelido de “Zé Milicinha” por conta da arma e da ligação dos Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro. Eduardo havia postado a ilustração pela primeira vez com o texto “Nossa arma agora é a vacina”, mas, ao se dar conta de que admitia que o governo nunca se preocupou com a vacinação, apagou e postou novamente com os dizeres: “Nossa arma é a vacina”. (…)
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