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Criança de 7 anos morre em acidente com arma do avô

Armas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

De El País:

Luis Balbino Lopes Filho, 69, chegou à chácara da família em Paranatinga, a 410 km de Cuiabá por volta das 18h de 14 de janeiro. Estacionou o carro no quintal e desceu do veículo, sendo recebido em seguida com um abraço pelo neto L. E. S, de 7 anos. Enquanto levava uma caixa de isopor para dentro de casa, o avô ouviu um estampido. Segundos antes, a criança foi ajudar a descarregar o carro e puxou uma sacola pela alça no banco de trás. A outra alça ficou enganchada no gatilho de uma espingarda de caça calibre .28, e a arma disparou, atingindo L. E. S. no lado direito do peito. A polícia foi acionada para socorrer a criança, que chegou viva ao hospital, mas morreu pouco depois. O pai da vítima informou às autoridades que o avô utilizava a espingarda para caça recreativa na região, e que ficou “abalado” com o ocorrido.

Especialista da segurança pública afirmam que após a flexibilização do Estatuto do Desarmamento por parte do presidente Jair Bolsonaro, que assinou um decreto facilitando a posse de armas (possibilidade de ter armas em casa) pela população, podem levar ao crescimento do número de vítimas de acidentes como o que matou L. E. S.

Os estudiosos também acreditam que as novas regras devem ter impacto na letalidade da violência doméstica e no feminicídio – crime no qual o Brasil é o quinto no ranking mundial.

Após constatar que sua arma baleou o neto, o idoso fugiu do local “tomado por forte emoção”, disseram familiares. Foragido, ele deve se apresentar às autoridades no final desta quarta-feira. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Luis, que deve ser indiciado por homicídio culposo.

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