Crise com escorpiões: saiba como prevenir e o que fazer em caso de picada

Os acidentes envolvendo escorpiões continuam crescendo no Brasil e já somam mais de 126 mil casos e 148 mortes até setembro, segundo o Ministério da Saúde. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Bahia concentram a maior parte das ocorrências, e a procura por informações sobre picadas também aumentou. Pesquisas recentes mostram que o avanço não é sazonal, mas uma tendência de longo prazo impulsionada por fatores ambientais e urbanos.
Especialistas alertam que crianças e idosos são os mais vulneráveis ao veneno, que provoca dor intensa e pode gerar sintomas sistêmicos em poucos minutos. A recomendação é procurar atendimento médico imediatamente após a picada e evitar qualquer tipo de tratamento caseiro. No pronto-atendimento, o diagnóstico é clínico e o soro antiescorpiônico é aplicado conforme a gravidade.
Os sinais de alerta incluem agitação, salivação excessiva, tremores, taquicardia e dificuldade para respirar, especialmente em crianças pequenas. Em situações de risco, SAMU (192), Bombeiros (193) e CIATox (0800 644 6774) devem ser acionados. Compressa fria pode aliviar a dor, mas torniquete, sucção ou aplicação de pomadas são proibidos.
Para prevenir acidentes, é essencial manter casas e quintais limpos, vedar frestas e ralos, sacudir roupas e calçados antes de usar e evitar acúmulo de entulho. Como os escorpiões se abrigam em locais escuros e úmidos, manter a organização reduz a presença do animal e, portanto, o risco de picadas.
