Crise entre Bolsonaro e Moro continua apesar da trégua, diz jornalista

De Igor Gielow na Folha de S.Paulo.
A crise que quase tirou Sergio Moro do governo de Jair Bolsonaro está longe de acabar. Os motivos: a desconfiança atávica que o presidente tem das intenções de seu ministro da Justiça e Segurança Pública e a necessidade de controlar a Polícia Federal.
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Moro é muito popular —e segue o sendo, mesmo com todos os arranhões públicos e pancadas institucionais que a Lava Jato sofreu em 2019.
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Para cada elogio público que recebia do chefe, Moro era submetido a alguma humilhação programática.
Ao mesmo tempo, a popularidade do ministro o torna quase indemissível, como a crise acerca do desmembramento do ministério de Moro provou na semana passada.
É um casamento de conveniência, no qual o sócio majoritário tem certeza de que será traído pelo minoritário, daí o regime de contenção de tempos em tempos.
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