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Crise no Brasil leva América Latina a uma recessão mais severa, diz FMI

Do El Pais:

O espectro do persistente estancamento da economia global continua vivo. Essa incerteza se reflete nas últimas previsões para todas as regiões do planeta que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na manhã desta terça-feira. A América Latina sofrerá uma retração de 0,6% este ano, dois décimos a mais do que foi previsto há apenas três meses. Três fatores principais contribuem para esse cenário: a provável queda de 3,3% do PIB brasileiro, os modestos resultados da economia mexicana e o tombo de 10% da economia venezuelana. De qualquer forma, o organismo ainda está confiante de que a região consiga fazer uma retomada até alcançar um crescimento de 1,6% em 2017.

De maneira geral, a recuperação está sendo precária, como destaca Maurice Obstfeld, conselheiro econômico do Fundo. A projeção é que a economia global se expanda a um ritmo de 3,1% este ano e de 3,4% no próximo ano, como já foi antecipado em julho. A boa notícia é que o crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento deve se acelerar pela primeira vez em seis anos, alcançando 4,2% em 2016 e daí subindo para 4,6% em 2017. Mas o potencial a longo prazo é menor.

Como indica Obstfeld, o ritmo atual de expansão ainda é baixo em todo o mundo, especialmente no grupo dos países em desenvolvimento. “O crescimento dessas economias continuará sendo desigual e, em geral, fraco”, adverte. É verdade que as tensões externas se moderaram graças às expectativas de juros baixos nas economias avançadas. Mas há muitas peças ainda em movimento pressionando para a redução da atividade econômica.

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