Crivella era chamado de “zero um” em mensagens de WhatsApp sobre propina, diz MP
Do UOL

Na decisão que autorizou a prisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) e outras seis pessoas na manhã de hoje, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita destacou que o grupo que integrava o “QG da Propina” se referia ao prefeito pelo codinome “zero um”.
De acordo com o documento, “o Ministério Público [do Rio de Janeiro] juntou cópias de mensagens trocadas via WhatsApp entre integrantes do grupo criminoso, em que cobravam determinada quantia em espécie a pedido do Zero Um” – apelido atribuído ao prefeito.
Ainda segundo a decisão, Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves – que foi presidente da Riotur, cobrava propina para autorizar o pagamento de faturas atrasadas a empresas credoras. O valor destinado ao irmão era de 20% a 30% e outro percentual, não citado, era destinado ao prefeito Marcelo Crivella.
As investigações sobre o caso começaram após o acordo de delação premiada firmado com o doleiro Sérgio Mizrahy, preso preventivamente no âmbito da Operação “Câmbio, Desligo” deflagrada pela Força Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro em maio de 2018. (…)