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Cuca desabafa sobre condenação por estupro na Suíça: “Não posso mudar o passado”

Cuca. (Foto: Reprodução)

Cuca estreou como técnico do Athletico-PR com uma vitória expressiva de 6 a 0 sobre o Londrina. Após o jogo, ele fez uma declaração sobre a anulação de sua condenação por estupro na Suíça, prometendo uma mudança de mentalidade.

O treinador leu uma carta, escrita com a ajuda de sua esposa e filha, expressando seu nervosismo sobre o assunto sério e destacando sua reflexão sobre o tema: “Eu enxergava os problemas, mas me calei porque a sociedade permitia que eu, como homem, me calasse. Hoje entendo que o silêncio soa como covardia. Tenho buscado ouvir mais, entender mais, aprender mais. (…) Não posso mudar o passado”.

Ele admitiu seu silêncio durante anos diante dos problemas sociais e afirmou seu compromisso em ser parte de uma transformação, buscando aprender mais e educar outros homens, especialmente os jovens que amam o futebol, sobre a importância do respeito às mulheres: “A realidade tem de ser transformada para que o mundo seja um lugar mais seguro para as mulheres. O mundo do futebol ainda é de muito preconceito. Entendi que quando me cobram não é só sobre mim, é sobre a forma como tratamos as mulheres”.

Cuca foi acusado de estupro por Sandra Pfäffli, que alegou ter sido violentada pelo técnico quando tinha 13 anos. Segundo o relato, o incidente ocorreu após ela ir ao hotel onde o agora técnico e outros jogadores estavam para pedir autógrafos, camisetas e flâmulas. A vítima afirma que foi imobilizada e estuprada. Em 1989, o futebolista foi condenado a 15 meses de prisão e multado em US$ 8 mil (cerca de R$ 106 mil atualmente). Após aproximadamente 35 anos, a Justiça anulou sua condenação, seguindo a recomendação do Ministério Público do país, que alegou a prescrição do crime e sugeriu o encerramento do processo.

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