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A culpa é de Haddad: Doria diz que foi “vitimado” por excesso de multas da administração anterior

 

Do JB:

Nesta terça-feira (6), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que fará curso e exame para recuperar a carteira nacional de habilitação (CNH). Doria está com o direito de dirigir suspenso por ter acumulado mais de 20 pontos na carteira após uma série de infrações de trânsito, a maioria delas por excesso de velocidade. A punição vigorou entre os dias 13 de janeiro e 12 de março, porém, mesmo com o prazo de punição vencido, Doria continua impedido de dirigir, por não ter participado do curso de reciclagem, obrigatório para recuperar a habilitação. As informações são da Folha de S. Paulo.

Doria disse que seus veículos são conduzidos por motoristas contratados e que perdeu o prazo para indicar o nome deles e escapar assim de ter os pontos computados em sua CNH. O prefeito destacou que fará a reciclagem para obter novamente a carteira.

“Vou, como todos, vou cumprir minha obrigação, como todos aqueles que já foram vitimados pela pontuação [na CNH]. Vou fazer o curso, farei o exame, vou ser um cidadão, farei o que deve ser feito”, afirmou o prefeito em evento do qual também participaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Questionado sobre o uso da expressão “vitimado” na sua fala, Doria explicou: “Bom, no passado, recentemente, fomos. A quantidade de multas que a Prefeitura aplicou foi em caráter exorbitante. Mas não tem problema nenhum. Nós vamos seguir e fazer aquilo que todo cidadão deve fazer”.

Por meio da assessoria de imprensa, o prefeito afirmou que “costumava” dirigir seus veículos à época das infrações e que perdeu o prazo para indicar os condutores. De acordo com a reportagem, não foi possível afirmar onde as infrações foram cometidas, mas é possível afirmar que dois veículos usados pelo prefeito na época foram multados outras cinco vezes entre junho de 2016 e abril de 2017: um Porsche Cayenne e um Audi A8.

O prefeito está sem carteira porque foi multado cinco vezes entre novembro de 2014 e junho de 2015, sendo três por transitar com velocidade acima da permitida (até 20%), uma por manobra irregular e a outra, a mais grave delas, por avançar o sinal vermelho.

Doria criticou o então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pelo que considerava uma indústria de multas de trânsito, durante a campanha à Prefeitura da cidade, em 2016.

O tucano também prometeu, e depois cumpriu, ampliar o limite máximo de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros. O número de acidentes com vítimas tem crescido desde a mudança.

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