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Cunha pode entregar TV Câmara a deputado fundamentalista

Com menos de 20 dias de empossado na presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deu início ao cumprimento de uma de suas promessas feitas durante a campanha, deixando irritados servidores concursados da área de comunicação da Casa. O deputado confirmou com aliados que vai indicar o deputado Cleber Verde (PTN-MA) para gerir o sistema de comunicação social da Câmara, que compreende as emissoras de rádio e TV, o portal e a estrutura de relações públicas.

A notícia, denunciada pelo deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), deixou acesa a luz de alerta contra possível interferência da bancada evangélica – à qual Cunha pertence – na programação destes veículos.

Tradicionalmente, esse tipo de missão é entregue a um jornalista, com aptidões técnicas específicas, a cada início de legislatura da Câmara dos Deputados – e não a um político. Acontece que Cunha, numa decisão inédita, negociou o cargo durante a campanha para a presidência da Casa. Em suas articulações, coube ao PRB a cadeira de gestor da área. Wyllys, que também é jornalista, lembrou que Eduardo Cunha chegou a falar no nome do deputado Celso Russomanno (PRB-SP) para assumir tal cargo, mas Russomanno recusou.

Além do deputado, também estaria sendo especulada a ida para a Câmara dos Deputados de um diretor da Rede Record para coordenar, especificamente, a programação da TV Câmara, em vaga destinada a cargo comissionado – Cargo de Natureza Especial, CNE 7, cujo salário é da ordem de R$ 16 mil.

 

RBA