Cúpula da CPI vê crime de Bolsonaro após auditor falar de documento alterado sobre covid

Fala de Alexandre Marques pode comprometer o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
LEIA MAIS:
1 – Parecer da Câmara diz que artigo 142 da Constituição não autoriza golpe militar
2 – Por que Vera Magalhães não perguntou a Moro sobre infiltração de milícias no país
Bolsonaro comprometido

advogado Savio de Faria Caram Zuquim;
auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques – em pronunciamento.
Foto: Pedro França/Agência Senado
No depoimento à CPI da Covid no Senado nesta terça (17), o auditor Alexandre Figueiredo Costa Marques, do TCU (Tribunal de Contas da União), confirmou que o seu trabalho apontando supernotificação no número de mortes pela Covid-19 foi alterado depois de ser encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo o usou “indevidamente”, disse o servidor.
Senadores da CPI afirmaram que o depoimento do auditor confirmou a atuação de Bolsonaro e de seu governo na alteração do documento, o que configura crime.
O auditor do TCU disse que seu trabalho era apenas um texto preliminar e não um documento oficial do tribunal. E acrescentou que foi seu pai, o militar da reserva Ricardo Silva Marques, que atua na Petrobras, quem repassou as informações ao presidente da República.
Com informações da reportagem da Folha de S.Paulo.