Cuscuz paulista: a receita do prato que divide opiniões nas mesas brasileiras

Para uns, ele é visualmente bonito, prático de fazer e tem gosto de infância, mas para outros é horrendo. O cuscuz paulista é um daqueles pratos que ou se ama ou se detesta, e talvez esteja aí o seu charme: provocar lembranças fortes, sejam elas de festa ou de fome. Presença certa nos anos 70 e 80, ele marcou época como receita coringa para servir muitas pessoas com ingredientes simples e baratos.
O preparo começa no refogado: azeite, alho, cebola e tomate. Em seguida entram milho, ervilha, palmito, azeitona, sardinha (ou atum) e molho de tomate. Tudo é temperado com sal, pimenta e cheiro-verde. Com a mistura quente, junta-se a farinha de milho flocada, mexendo bem até virar uma massa firme.
O toque final é colocar essa mistura numa forma untada, já decorada com rodelas de ovo, tomate, ervilha e sardinha, pressionar com a colher e desenformar depois de frio.
Apesar de sua beleza e da praticidade, o cuscuz paulista virou um dos pratos mais “polêmicos” do Brasil. Muitos reclamam da textura úmida demais ou da mistura de ingredientes que lembram uma gelatina salgada — mas outros o defendem com paixão, como símbolo da cozinha de vó, das quermesses e dos almoços de domingo.