Damares Alves fala sobre abuso na infância e promete ‘contrarrevolução cultural’ nas escolas

O G1 informa que a futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, na manhã desta quinta-feira (13), uma ‘contrarrevolução cultural’ nas escolas.
A pastora afirmou que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres.
“Nós vamos para a escola ensinar o menino a respeitar a menina como menina. No momento em que você diz lá na escola que menino é igual à menina, o menino, então, vai poder dar porrada na menina? A menina aguenta, às vezes, as brincadeiras de meninos? Não”, argumenta.
“Nós vamos voltar a dizer na escola que menina é menina e menino é menino. Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas nas escolas. Uma contrarrevolução cultural nessa nação”, acrescenta.
Damares contou que foi vítima de estupro na infância e que, por muitos anos, se culpou e só descobriu mais tarde que era uma vítima.
“Fui abusada dos seis aos oito anos, inúmeras vezes. Eu tinha um pé de goiaba no fundo de minha casa e era lá que eu chorava sozinha. O meu agressor me convenceu que eu era culpada do abuso. Eu mandava todos os sinais e ninguém via, não podia falar porque tinha uma ameaça: ‘se você falar, seu pai morre’. Aos 10 anos eu quis morrer”, conta.
A futura ministra também diz que é hora das feministas “saírem dos holofotes”.
“As feministas tiveram os holofotes até agora. Vai para os holofotes agora, trazido por esta ministra, a mulher ribeirinha, a mulher seringueira, a mulher quebradeira de coco, a mulher catadora de siri, a mulher cigana. É um momento novo. Vai vir para o protagonismo quem está invisível. É uma alternância de poder. Daqui alguns anos, talvez, as feministas voltem para os holofotes.”