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“Dança dos furacões”: VÍDEO mostra fenômeno descrito há mais de 100 anos

Imagem de satélite mostra os furacões Imelda (à esquerda) e Humberto (à direita) sobre o Atlântico, em 30 de setembro de 2025. Foto: NOAA via AP

Dois furacões atuam simultaneamente no Oceano Atlântico Norte, colocando diversas regiões em alerta. O furacão Imelda, com ventos de até 140 km/h, deve atingir o território britânico de Bermudas como um furacão de categoria 2. Enquanto isso, o Humberto, que já foi categoria 4, enfraqueceu para um ciclone pós-tropical, mas ainda gera ventos fortes e ondas perigosas que alcançam a costa leste dos Estados Unidos.

Os meteorologistas observam um fenômeno raro entre os dois sistemas: o efeito Fujiwhara. Esta interação ocorre quando ciclones tropicais começam a girar em torno de um ponto comum, podendo alterar suas trajetórias e aumentar a incerteza nas previsões. O fenômeno foi descrito em 1921 pelo meteorologista japonês Sakuhei Fujiwhara.

Em Bermudas, as autoridades decretaram medidas de emergência. O aeroporto internacional, escolas e repartições públicas foram fechados. A população recebeu ordens para concluir todos os preparativos antes da chegada do Imelda, que deve trazer até seis horas de ventos destrutivos, chuvas torrenciais e risco de apagões generalizados.

O furacão Imelda já deixou um rastro de destruição no Caribe. Em Cuba, deslizamentos de terra causados pelas chuvas mataram duas pessoas na província de Santiago de Cuba. O Haiti registrou inundações em 35 localidades, com uma pessoa desaparecida e perdas agrícolas significativas. A temporada de furacões no Atlântico segue até 30 de novembro.