De acordo com pesquisa, mulheres e negros são minoria nos Tribunais de Contas
De Paula Sperb na Folha de S.Paulo.
Pouco conhecidos pela sociedade em comparação com o Ministério Público e cortes superiores do Judiciário, os Tribunais de Contas têm como principal função tornar a gestão pública mais eficaz e transparente por meio da fiscalização da aplicação de verbas e políticas públicas.
Essas cortes compõem um sistema de controle nacional independente e sem subordinação a outros Poderes. São 33 Tribunais de Contas em funcionamento no país com 235 magistrados e 125 substitutos, em um total de 360 julgadores em atuação.
Uma pesquisa inédita da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) traçou o perfil desses magistrados.
Segundo o estudo, há uma diferença significativa de raça, por exemplo, entre aqueles que ingressam na carreira por indicação política e aqueles que são aprovados em concurso público.
A pesquisa mostra que os homens são maioria entre os magistrados (84,6%) enquanto as mulheres são minoria (15,4%).
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Entre os que passaram por concurso público, o número de negros e indígenas chega a 48,6%, muito próximo da metade, mostrando um maior equilíbrio. Entre os indicados políticos, negros e indígenas chegam a 29,5%, enquanto brancos representam 70,5%.
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