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De gritaria a Bolsonaro, passando por Paulo Cintura, Crivella tentou de tudo, mas não deu

Por Matheus Pichonelli, do UOL.

Gritar não resolve. Sim, você já ouviu isso dos seus pais enquanto esgoelava, girando com as costas no chão, ora no sentido horário, ora no anti-horário, por algum brinquedo na loja. A sabedoria dos adultos de casa vale também para os adultos políticos. Ou deveria valer.

Em 2020, ninguém deve ter berrado mais contra a iminente derrota do que Marcelo Crivella (Republicanos), um dos poucos prefeitos com mandato que não aproveitou a onda situacionista para obter mais quatro anos de governo.

Não adiantou encher a propaganda de imagens dançando e abraçando o presidente Jair Bolsonaro, seu maior apoiador.

No tudo-ou-nada, já sem resquício de qualquer organização tática, a campanha do atual prefeito mandou para a área o bispo R.R.Soares, que garantiu aos idosos ter as pontes com o divino para votarem em segurança em Crivella neste domingo (29), e também Paulo Cintura, figura esquecida da TV e recém-reabilitada pelo bolsonarismo.

Nem gritos nem essas figuras adiantaram coisa alguma.