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Denunciados pelo crime no Carrefour agora são réus por homicídio qualificado

Beto Freitas foi assassinado por seguranças do Carrefour em Porto Alegre

Do Globo:

A justiça do Rio Grande do Sul acatou a denúncia feita pelo Ministério Público e seis pessoas envolvidas na morte de João Alberto Silveira Freitas, o Beto Freitas, viraram réus na última sexta-feira. Eles responderão por homicídio com dolo eventual e triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Já os pedidos de prisão de Rafael Rezende e Kleiton Silva Santos, funcionários da loja, e de Paulo Francisco da Silva, que atuava na empresa de segurança terceirizada Vector, foram negados. No entanto, eles seguem respondendo por homicídio triplamente qualificado. A juíza da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, Cristiane Busatto Zardo, considerou que os três desempenharam participação de menor importância no homicídio, e por não terem antecentes criminais, possuírem emprego e residência fixos, “não representam risco à instrução criminal e nem demonstram risco de se evadirem ao processo, ao menos, não até agora”.

A defesa de Paulo Francisco da Silva entende que a decisão foi acertada quanto ao indeferimento da representação pela prisão preventiva, “posto que Paulo Francisco não teve qualquer participação no acontecimento”. A defesa informou ao G1 que vai utilizar dos meios legais para que a denúncia contra Paulo seja rejeitada, a fim de que ele não responda ao processo. Já a fiscal da loja, Adriana Alves Dutra, que acompanhou os seguranças enquanto eles agrediam João, recebeu prisão domiciliar, porque sua defesa comprovou por meio de exames e laudos um quadro de doença nefrológica severa e crônica.

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