Depois de mal-estar internacional: Bolsonaro não pretende voltar atrás sobre mudança de embaixada em Israel
A Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo informa que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, não pretende voltar atrás publicamente da decisão de mudar a embaixada do Brasil em Israel, de Tel-Aviv para Jerusalém. Mas tampouco deve avançar o sinal. A opção, até segunda ordem, é deixar o assunto em banho-maria, sem anunciar data para que a transferência ocorra. Segundo um interlocutor frequente do futuro presidente, ele sabe que “há implicações geopolíticas importantes” e que mudar a embaixada “é um passo arriscado”. Está sendo aconselhado a implantar qualquer decisão “de forma paulatina”.
De acordo com a publicação, a abertura de um escritório de negócios em Jerusalém, por exemplo, poderia ser uma alternativa à mudança pura e simples do endereço da representação diplomática. Um dos temas da conversa que Bolsonaro teve com o embaixador de Israel, Yossi Shelley, foi justamente a abertura de um escritório da República Tcheca em Jerusalém. O assunto foi puxado pelo diplomata.
O setor militar do governo é um dos que alertam para as possíveis consequências de um gesto mais radical. O general e vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, disse à Folha que a mudança da embaixada pode transferir o terrorismo para o Brasil, completa a Folha.
