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Depois de receber R$ 30 milhões com acordo de delação, Palocci tem nome sujo na praça

Palocci

Do Valor:

Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Antonio Palocci, delator da Lava-Jato e persona non grata no PT, enfrenta dificuldades financeiras. Ele continua com todos os bens bloqueados judicialmente e está à procura de emprego. O ex-ministro tem seu nome protestado em ao menos dois cartórios – uma das pendências financeiras envolve o não pagamento de uma conta de celular da concessionária Oi no valor de R$ 199,63, correspondente ao mês de setembro de 2018. Um dos apartamentos de Palocci, nos Jardins, em São Paulo, com valor de mercado estimado em cerca de R$ 10 milhões, tem condomínios e o IPTU em atraso.

Segundo um investigador que atuou em um dos três acordos de colaboração premiada firmados por Palocci com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro teria deixado de pagar parte dos honorários devidos a seus defensores em razão de sua situação financeira. O advogado que atuou nas delações do ex-petista, Tracy Reinaldet dos Santos, disse que não comenta o assunto por se tratar de questão privada do relacionamento cliente-advogado.

A Projeto, firma de consultoria de Palocci que lhe rendeu R$ 81,3 milhões em serviços pagos por 47 empresas até novembro de 2016, conforme a Receita Federal, hoje amarga uma ação trabalhista no valor de R$ 280 mil movida pela ex-sócia Rita de Cassia dos Santos e que tramita na 11 ªVara de São Paulo. Em julho de 2020, a juíza do Trabalho Mara Regina Bertini solicitou à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba informações sobre o andamento do processo envolvendo o bloqueio de patrimônio da Projeto. Rita destituiu-se da sociedade com Palocci em setembro de 2018, segundo a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).

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