Deputado bolsonarista investigado por “rachadinha” diz que sofreu tentativa de homicídio

Foto: Reprodução/Instagram
Em publicação nas redes sociais, o deputado estadual André Fernandes (PL-CE) afirmou que foi perseguido e teve o carro atingido por tiros, na noite desta segunda-feira (7). O caso aconteceu no município de Solonópole, a 230 km de Fortaleza. Ele registrou um boletim Delegacia Regional de Iguatu, no interior do Ceará.
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“Acabei de sofrer uma tentativa de homicídio! Uma motocicleta nos acompanhou e efetuou aproximadamente 7 disparos no meu veículo. Um dos tiros atingiu o pneu, mas andamos vários kms mesmo com o pneu furado. Foi uma fuga intensa!”, disse o parlamentar no Twitter, compartilhando imagens de como ficou seu carro após a perseguição.
Segundo o governador do Estado, Camilo Santana, o caso terá “rigorosa investigação”. “Determinei ainda rigorosa investigação no caso de tiros disparados contra o veículo do dep. André Fernandes, que era blindado, não chegando a ter vítimas feridas. O caso será devidamente apurado”, declarou.
TENTARAM ME MATAR!
Acabei de sofrer uma tentativa de homicídio! Uma motocicleta nos acompanhou e efetuou aproximadamente 7 disparos no meu veículo. Um dos tiros atingiu o pneu, mas andamos vários kms mesmo com o pneu furado. Foi uma fuga intensa!!! pic.twitter.com/EKp7FzG2bX
— André Fernandes (@andrefernm) February 8, 2022
Deputado André Fernandes é investigado por suspeita de manter funcionária fantasma
O Ministério Público do Ceará (MPCE) conduz, desde janeiro, uma investigação contra o bolsonarista. Ele é acusado de manter uma funcionária fantasma na Assembleia Legislativa do Ceará.
A denúncia do MPCE aponta que a funcionária é assessora parlamentar de André Fernandes, mas trabalha em uma academia de ginástica de Fortaleza no mesmo horário do expediente da Assembleia.
Muito popular no universo bolsonarista, esta prática chamada de “rachadinha” funciona como um jeito de aumentar o número de servidores de um determinado gabinete. A contratação de funcionários fantasmas é uma das formas de partilhar os recursos.
O servidor nomeado não desempenhará, de fato, suas funções, recebendo o salário e repassando parte dele para o deputado, ou para alguém de sua família.