Desembargador é afastado pelo CNJ após xingar advogada em sessão virtual: “Carinha de filha da puta”

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar temporariamente o desembargador José Ernesto Manzi, após ele ofender uma advogada durante uma sessão virtual em 2020. Na ocasião, Manzi dirigiu-se à advogada Roberta Martins Marinho Vianna Neves com a frase: “Isso, faz essa carinha de filha da puta que você já vai…”, percebendo logo em seguida que seu microfone estava ligado. O afastamento de Manzi será de 60 dias, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
A ofensa ocorreu durante uma audiência da 3ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, em Santa Catarina. Naquele momento, a desembargadora relatora do caso, Quezia Gonzales, interrompeu sua fala ao ouvir a declaração de Manzi. O caso gerou grande repercussão, levando o CNJ a abrir um processo administrativo disciplinar (PAD) em 2021 para investigar a conduta do desembargador.
O conselheiro-relator do PAD, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, sugeriu inicialmente uma advertência ao magistrado, mas a conselheira Renata Gil de Alcantara Videira destacou o caráter “intrinsecamente misógino” do comentário, o que resultou na decisão mais severa de afastamento temporário do desembargador.
O desembargador José Ernersto Manzi, do TRT12, não percebeu que seu microfone estava ligado enquanto uma colega tinha a palavra, e soltou: "isso, faz essa carinha de filha da puta" pic.twitter.com/7uc4pLm72N
— Glauber Macario (@glaubermacario) July 30, 2020
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