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Desempenho de Bolsonaro no 1° turno pode ter sido estimulado por campanha religiosa, diz cientista política

Jair Bolsonaro de paletó preto, camisa branca e gravata listrada, sorrindo e em pé
O presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reprodução/Instagram

O desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições pode ter sido estimulado por campanhas de última hora realizadas dentro de igrejas evangélicas, avalia a brasilianista e cientista política americana Amy Erica Smith, da Universidade Estadual de Iowa (ISU).

“É possível que a campanha dentro das igrejas ou nas redes sociais direcionada aos fiéis evangélicos tenha tido um papel relevante nos resultados”, disse a professora, que é autora do livro Religion and Brazilian Democracy: Mobilizing the People of God.

De acordo com a cientista, nos dias que antecedem o pleito ou no próprio dia de eleição, é comum que líderes religiosos defendam seus candidatos por sermões ou em suas redes sociais.

“Alguns chamam isso de clientelismo, mas não é bem por aí, porque não há necessariamente compra de votos. O que acontece é que muitas pessoas ainda estão indecisas e acabam tomando a decisão no último dia, influenciadas pelas igrejas”, afirmou. Com informações da BBC.

Nas últimas pesquisas divulgadas, dias antes das eleições, Bolsonaro apareceu com uma ampla vantagem entre os evangélicos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão final da corrida presidencial será determinada no dia 30 de outubro. O petista obteve 48,43% do total dos votos válidos no 1° turno e Bolsonaro ficou com 43,20%.

Para a cientista política, mesmo com o resultado inesperado neste primeiro turno, Lula ainda é o favorito, porém, a base de apoio religiosa de Bolsonaro pode representar dificuldades.

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