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“Detox vacinal”: médicos negacionistas cobram até R$1.800 em consultas pelo Whatsapp

Uso da ivermectina como tratamento precoce contra a Covid-19 já foi compravado ineficaz pelo Ministério da Saúde. (Foto: Reprodução)

Tratamento precoce contra a Covid-19, tratamento pós Covid e o levantamento de dúvidas contra a eficácia de vacínas. Ideias como estas estão sendo disseminadas por médicos negacionistas em grupos de Whatsapp e Telegram. A matéria é do Tab, do Uol.

A reportagem revelou ainda que em alguns casos os profissionais da saúde estão até mesmo vendendo consultas médicas virtuais em valores absurdos, prometendo tratamentos de “detox vacinal” para seus pacientes. A equipe entrou em contato com o médico bolsonarista Marcos Falcão e exibiu detalhes da conversa. Marcos em determinado trecho, receita até mesmo o uso de ivermectina “para retirar a proteína spike”, o encaixe químico usado pelo vírus para infectar as células humanas, vitaminas, anti-inflamatórios e uso de “aspirina 100 mg por dia pelo resto da vida”, além de diversos exames para realizar uma desintoxicação dos “efeitos nocivos da vacina”.

Entre os médicos citados nesses grupos está Maria Emilia Gadelha Serra. Otorrinolaringologista pela USP e fundadora da Aboz (Associação Brasileira de Ozonioterapia), ela cobra, em sua clínica num bairro de alto padrão em São Paulo, R$ 1,8 mil para realizar uma “terapia de reversão vacinal”, afirmando anular supostos “efeitos adversos” da vacina. A prática não é autorizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para especialistas da área o fenômeno representa a criação de uma problemática falsa para lucrar com a solução. “Você inventa um problema para vender a solução”, diz a microbióloga Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência.

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