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Dezenas de entidades se unem para contestar discurso vergonhoso de Araújo e Damares na ONU

Da coluna de Jamil Chade

Damares Alves e Ernesto Araújo na ONU. Foto: Reprodução

Entidades da sociedade civil, ongs, grupos religiosos, quilombolas e indígenas se unem para contestar o discurso dos ministros Ernesto Araújo e Damares Alves, no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Numa carta conjunta, mais de 60 organizações afirmam que a fala do governo brasileiro não representa a situação do país e “conclamam às nações do mundo que levam a sério os direitos humanos para que não aceitem este tipo de intervenção”.

O grupo “solicita que (países) apresentem questionamentos ao governo brasileiro, de modo que se possa dar passos para responsabilizar sua atuação por patrocinar graves e persistentes violações dos direitos humanos”.

Representando a ala mais dura do Bolsonarismo, os ministros participaram por vídeo na última segunda-feira da abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A tribuna da entidade foi, por alguns minutos, transformada em um megafone de ideologia e argumentos que flertam com teorias de conspiração.

Com sua bandeira da Ordem de Cristo no fundo, o chanceler surgiu no vídeo diante do mundo com uma cruzada contra o confinamento. Para ele, populações estão sacrificando suas liberdades em troca de saúde, um discurso que ecoa o que grupos negacionistas usam para contestar até mesmo o uso da máscara. (…)