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Dia do Amigo: uso de IA como confidente cresce e preocupa especialistas

A inteligência artificial está tomando o lugar das amizades genuínas. Foto: Divulgação

Neste 20 de julho, o Dia do Amigo tem ganhado novos contornos diante da presença crescente da inteligência artificial no cotidiano emocional das pessoas. Em vez de recorrer apenas a amigos reais, um número crescente de usuários tem buscado conforto em assistentes virtuais para conversar, desabafar e até lidar com momentos de solidão.

Programadas para oferecer escuta empática e respostas personalizadas, essas IAs começaram a ocupar papéis antes reservados a relações humanas mais próximas. Especialistas em comportamento digital, no entanto, alertam para as consequências dessa nova dinâmica.

Embora muitas pessoas relatem sensação de acolhimento e segurança ao conversar com robôs, há riscos associados à formação de laços artificiais. Psicólogos destacam que o excesso de interação com inteligências artificiais pode reduzir a tolerância a conflitos reais, limitar o desenvolvimento de habilidades sociais e reforçar o isolamento emocional.

A substituição parcial de vínculos humanos por conexões simuladas também levanta questionamentos éticos e sociais. Até que ponto é saudável criar apego por uma tecnologia que imita empatia? Há um limite entre o apoio prático oferecido pela IA e a perda de conexões genuínas com outras pessoas? Essas perguntas ganham destaque justamente em uma data que celebra a importância das amizades verdadeiras.