Dia do Fusca: relíquia de 1970 encanta nostálgicos e mobiliza colecionadores em São Roque

O ronco inconfundível do motor refrigerado a ar voltou a ecoar neste domingo (22), com a celebração do Dia Mundial do Fusca. Em São Roque, no interior de São Paulo, uma raríssima versão do modelo 1970 virou a grande atração de um encontro de colecionadores, atraindo olhares emocionados de fãs de todas as idades.
O evento reuniu dezenas de exemplares impecáveis do carro mais querido do Brasil, mas foi o Fusca azul celeste de placas pretas que roubou a cena. Segundo os organizadores, o modelo está com todas as peças originais e apenas 47 mil quilômetros rodados — um verdadeiro tesouro sobre rodas que representa uma era onde o volante era puro sentimento.
O Dia do Fusca não é apenas uma data no calendário: é um tributo à história automobilística mundial e à memória afetiva dos brasileiros. De avôs a netos, o clássico da Volkswagen continua unindo gerações, com histórias que vão desde viagens sem cinto até os primeiros amassos no banco de trás.
Entre os expositores, o clima era de reverência e emoção. “Fusca é mais que carro, é personagem da minha vida”, disse o comerciante José Batista, 62 anos, dono de um modelo 1975 que foi herdado do pai. “Tem cheiro de infância e barulho de liberdade.”
O encontro reforça a força da cultura automotiva no Brasil e a paixão duradoura por veículos que marcaram época. No Dia Mundial do Fusca, o passado acelera no presente — e prova que, para muita gente, a modernidade nunca superará o charme da simplicidade.